..a uma casa vazia. Onde outrora me assombrava o espírito da tristeza vejo-me agora assombrado pelo espírito da solidão.
Entro em casa sozinho e saio isolado, sem ter ninguém para quem possa ir, alguem com quem sinta segurança, num futuro.
Vejo a minha vida com razões suficientes para me identificarem como um caso "perigoso", um possivel suicida, e tu que estás mais próxima de mim que ninguém, temes que faça o mesmo que eles fizeram. Que fique bem claro que, apesar de tudo e me sentir sozinho, não pretendo desistir da vida, não quero ser fraco como outras pessoas foram, quero viver.
Agarro-me à hipotese de te ter de novo, deixem-me sonhar. Se não o amor, que seja o sonho que comanda a vida.
Regressado de mais um encontro de enfermagem, desta vez na praia da Galé, Melides, Grândola, Alentejo, Portugal, partilho com os fieis leitores alguns momentos que me marcaram, por boas e más razões.
Começo pela estrada que antecede Grândola, perfeitamente saída de um video informativo do Instituto Português de Oncologia, enormes que eram os "tumores" que desabrochavam na berma da estrada de ambos os lados, culpa das raízes (afirmo eu convicto do alto da minha sabedoria harborícola). A única solução, para além de esburacar o chão e arrancar as raízes uma a uma (o que seria trabalhoso), foi conduzir a meio da estrada, afim de as evitar. A diversão começava quando me cruzava com um veículo em sentido contrário...deixava de conduzir e passava a controlar um comando da playstation, sendo o jogo o lendário wipeout...
Resumidamente, o que mais me descontraiu foi sem dúvida a água do mar, as ondas, sempre gostei do mar agitado e este correspondeu às minhas exigências e, tirando o último dia, fez-me a vontade e permitiu que andasse por lá a levar sovas.
Como resultado dos dias de praia agitados, à noite as dores nas costas eram mais que muitas, e mesmo com Nolotil no bucho (analgésico) tinha de recolher mais cedo à tenda para lhes dar o merecido descanso.
Uma coisa que ninguém explica: Hora do banho, filas para o banheiro femenino só raparigas, filas para o banheiro masculino raparigas e rapazes... e não é que me queixe, pois até é bastante agradável à vista, mas torna-se, para mim, algo complicado e até atrapalhador (isto existe?) proceder à minha higiene de forma concentrada, rítmica e seguindo um esquema previamente definido quando no duche ao lado, separado por uma fina camada de tijolo, ladrilho e cabelos rebeldes, estão duas raparigas a tomar banho, NUAS e aos risinhos, e não são gargalhadas, trata-se de risinhos inocentes...daqueles que fazem um gajo pensar: "ixxxxx, o que pá li vai!!!!"
Na última noite, e como tenho andado com uma sorte brutal, chego ao meu bólide novo para o encontrar assaltado. Mas, e aqui com algum orgulho digo, fui vítima de um novo tipo de assalto, o "curte lá eu a assaltar carros mas a não levar nada porque sou atrasado mental e filho da puta". M.O: chave de fendas ao lado da ranhura para a chave e empurrar, ao que parece opel corsa e clios são um convite para este tipo de entrada. Não levaram nada, será o meu gosto muscial tão precário que nem uns ladrões merdosos apreciam? Os cd´s que estavam ficaram. A única coisa alterada foi o pneu sobresselente, em vez de estar por baixo do tapete na traseira do automovel, estava por cima. Não percebi nada deste assalto, será que interrompi o mesmo quando fui buscar o carro para mais perto do parque de campismo? Ou será que interrompi quando me fui embora?
Resultado: Ganhei um buraco novo na porta, um pouco inestético...
Dia 26 abandonei o referido encontro e vim dormir a casa, para no dia seguinte fazer uma surpresa, gosto de acreditar que foi apreciada.
A caminho de Lisboa para mais uma edição do Super Bock Super Rock (ao todo já contabilizo 5 - 7ª, 8ª, 10ª, 11ª e agora 12ª) e a maior expectativa da noite depressa deu lugar à maior desilusão. A banda que me levou à 7ª edição, em 2001, ao coliseu dos Recreios, para um dos concertos mais brutais que tive o prazer de assistir já não é o que era. Deftones...Chino Moreno já não tem voz, e quando a tem são efeitos por tráz. Os únicos momentos que me convenceram foram uma das músicas novas e um medley pelas músicas do adrenaline (apesar de não achar muita piada à primeira parte da 7 words).
Placebo é sempre igual e não traz nada de novo, não aprecio, mas respeito a homossexualidade, lá longe...
Tool, não há palavras. Um misto de som, imagem e poder puro. Grande concerto, músicas de 6-7 minutos fazem com que, para os apreciadores, um "cigarro especial" parecer 4 ou 5, até porque é essa quantidade que fumam, apenas não se apercebem.
Aproveito para dar os meus parabéns aos senhores da GESTIPONTE, por num dia em que há tão pouco trânsito, em que Rock in Rio e Super Bock Super Rock cessam actividades sensivelmente há mesma hora e há milhares de pessoas que necessitam de atravessar a ponte 25 de Abril, cortarem uma das faixas de rodagem à hora ideal para acumular filas de trânsito que demoraram 1 hora e meia (!) para fazer 3 km!!! A Gestiponte é o Sistema de supervisão por computador da ponte, ou seja, andavam a arranjar umas câmaras. Genial...brilhante decisão de uma mente brilhante.
Tá feito.
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