...se escreve este novo episódio deste meu cantinho na blogosfera.
Farto de Portugal, do País de merda onde actualmente habitamos e nos habituamos a tudo o que nos mandam à cara (sim, estou cada vez menos patriótico! até já cometi a maior loucura de todas (segundo os padrões da maior parte dos Portugueses), puxei pela selecção contrária à nossa e torci para que a nossa não passasse à fase final do europeu, já começa a ser dada muita atenção à merda do futebol em detrimento do que realmente interessa neste País de hipocritas, exploradores e, tristemente, comodistas) decidi visitar um amigo que actualmente estuda em Milano, no âmbito do programa adoptado por várias universidades e que dá pelo nome de Erasmus.
Pretendo então fazer um breve diário, ao estilo de anteriores episódios (Estágios, Brasil, Alemanha) que por aqui se partilharam.
Dia 1: Partida do aeroporto Sá Carneiro (Porto) às 8:35 da manhã. No dia anterior tive o privilégio de ter uma visita guiada à noite do Porto...e por noite do Porto falo de uma passagem rápida, de carro, pelos vários locais onde recentemente foram assassinados vários dos elementos que gerem esta noite. Ao bom estilo Luckyluckiano, o Porto vive dias complicados onde impera a lei do mais forte, ou pelo menos a lei do que tiver mais armas e frieza para as usar...
Depois de pouco mais de 2 horas e meia de voo chegada a Milão, aeroporto - Bergamo. Mais uma viagem de uma hora de Bus e lá cheguei à estação central. Sozinho, sem falar niente de Italiano, segui as instruções previamente fornecidas. Apanhar o metro, linha verde, sair em Piola e procurar o Politécnico. Confesso que fiquei orgulhoso de mim mesmo por conseguir chegar ao local pretendido sem pedir indicações.
Dia 2: Passeio durante o dia, de tal maneira que dois dos meus dedos do pé esquerdo decidiram "rebentar", à falta de melhor expressão. Começou com uma dorzita incomodativa ao andar, até se tornar mais aguda. Decidi investigar, foi só preciso descalçar o tenis para ver que algo de errado se passava, uma vez que a ponta da meia tinha uma nova tonalidade....baptizei-a de sangue-indicativo-de-pé-fodido, soa bem, não?
Visitei a zona central de Milão, zona onde já se viram algumas modelos....apeteciveis, va, vamos chamá-las assim...bastante apeteciveis....
À noite, depois de um jantar que juntou Portugueses, Brasileiros, Polacos, Argentinas, Albanesas, Peruanos e Espanhois, seguiu-se a ida a um evento que em Portugal não me apanhavam nele, ainda mais desembolsando 8€...passo a descortinar:
Em Portugal conhecemos os Ocupas, grupo de pessoas que decide ocupar uma casa abandonada e por lá ficar, à margem da lei. Pois bem, por cá também o fazem. A diferença é que estes ocupas escolheram o que deduzo ser uma antiga fábrica de alguma coisa. E como são anarcas mas não são nada parvos, organizam mega festas com condições que fazem inveja a muita festa de topo.
Dois halls, um principal e outro mais pequeno mas mesmo assim impondo respeito, cada um com pumtspum à sua maneira. Faz também parte deste espaço uma cozinha com mesas e cadeiras na qual os clientes podem trazer o farnel de casa e têm um microondas à disposição...
Depois, a cereja no topo do bolo, no exterior, um outro bar, designado Bareto, na qual a música se centrou no reggae e afins.
Resumidamente, bailei mais hoje este tipo de música (pumtspum) do que em toda a minha vida. Vi um amigo meu já de longa data, o que me dá guarida, a dançar como nunca esperei vê-lo, uma vez que não o fazia adepto do pumtspum. Joni, se estiveres a ler...o Gosma não parecia o Gosma, a estrabuchar com os braços, aos pulinhos a noite inteira...só visto!
Fica por aqui este post, já vai longo e são 6:30 da manhã....lo mani c'e di più...(?)
PS: senhores da Galp, vamos parar de roubar o povinho? Estão a explorar não sei quantos mais mantos onde vão buscar Petroleo...pela ordem natural das coisas...se aumenta quando há pouco...podemos esperar uma diminuição dos preços....não? Sou eu que estou a ver isto mal? Sempre os mesmos a levar por tabela...
PS2: estou muito mais revoltado e a sentir uma forte vontade de me tornar um jovem revolucionário agora que já trabalho e me apercebo do que certos filhos da puta de topo levam para casa ao fim do mês. E mais ainda quando os que têm muito cada vez têm mais. E os que têm pouco....só me sai um lol...
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