Natal..

Há um ano atrás, tal como todos os anos até aqui, respirava-se Natal em toda a casa, sendo sempre tu a responsável por este espirito que contagiavas a quem quer que fosse, com o teu sorriso sincero e palavras doces...As decorações natalícias, a árvore rodeada por prendas de diferentes tamanhos e feitios, os doces no frigorífico, a azáfama com as compras certas para as pessoas certas.
Sei que era a época do ano que mais gostavas, um brilho nos olhos especial era perceptível a todos que te rodeavam.
Não sei que escrever, a casa está vazia, nós estamos vazios, não há decorações de natal, não há doces no frigorífico, não há natal, só um enorme buraco onde parecemos afundar-nos...o que vale é que por vezes nos lançam algumas cordas a que nos agarramos e usamos para tentar chegar à superfície.
O que pretendia com este texto era desejar-te um bom natal, a ti, que tanto vibravas com esta altura do ano. A ti, que já não estás cá. A ti, que nos abandonaste. A ti.


Estas datas são as piores...

Diz que disse...

Hoje disseram-me: quem havia de dizer que um bebé tão horrivel, repugnante, e, por vezes, com cheiro intensamente fétido, se iria tornar em alguém fofinho, bonitinho e extremamente querido...ou era ao contrário, não me lembro bem, estava a dissertar acerca do modo pelo qual dois leprosos fazem O amor...coisas que não se vê debatidas na TVI e ocupam grande parte do meu tempo mental..

Casas de banho "públicas"

Se forem como eu, além de um rosto perto da perfeição e uma textura de pele suave e resplandecente, faz-lhes alguma confusão entrar numa casa de banho de um café, tão cheios de urina como uma "dona gina" de comichões num fim de semana concorrido, e a tampa da sanita estar para baixo...
Perco sempre cerca de 15 minutos a analisar os prós e os contras de levantar aquela tampa com a mão, analiso mentalmente as pessoas que se encontram no café de modo a identificar os mais asseados e os menos asseados, procuro maneiras de levantar aquela tampa sem tocar com a mão, chego mesmo a colocar a hipotese de urinar para o lavatório, mas logo depois apercebo-me que sair da casa de banho sem ser a sacudir as mãos ainda molhadas porque nunca há toalhetes e a merda dos secadores nunca funcionam colocar-me-ia automaticamente na lista dos menos asseados de um espertinho qualquer que estivesse a fazer uma análise mental das pessoas que se encontram no café. Os últimos 5 minutos são perdidos a pensar que tipo de atrasado mental vai a uma casa de banho de um café e depois de urinar (sentado, deduzo eu) coloca a tampa para baixo..
Resumindo: acabo de mijar e está tudo salpicado, chão, paredes...e tampa.

Hoje..

..estava em plena praça central da santa terrinha e vi um rapaz a que chamavam amendoim na altura do secundário.
Fiz questão de o abordar e perguntar se tinha tido um upgrade e agora o tratavam por cacauete...insultou-me e não respondeu...não percebi e vim para casa.