Hoje foi mais uma das poucas noites em que fui à discoteca. Não sou, não fui e não serei adepto de tais lides. Acho piada ir lá de vez a vez mas nunca seria capaz de frequentar tal sítio muitas vezes consecutivas. Esta em particular, é um sítio abafado, sempre cheio de gente porque não prima pelas dimensões, o cheiro a suor, por vezes apenas ao circular de um lado para outro penetra de tal modo nas narinas que nos obriga a tossir, e como não temos espaço para tossir(digam o que disserem para se tossir" á homem" é preciso ter no mínimo um raio envolvente de um mentro e meio) acabamos por dar um encontrozinho nas 6 pessoas que estão encostadas a nós e das quais não nos conseguimos desviar.
É um mundo à parte aquela merda.
Algumas personagens:
O cromo: é amigo do DJ e do pessoal que está à porta, por isso muitas vezes entra sem pagar. A maior parte das vezes vai sozinho ou então traz um grupo já formado de pseudo-cromos aprendizes, ele é o profeta, ele é Deus dentro(e fora) daquelas instalações. Ele é aquele que conhece a playlist do DJ e estuda as letras e coreografias em casa. Uso recorrente de movimentos corporais ridiculos, a blusa de alças a mostrar a penugem por baixo do braço é essencial. Cabelo, em crista(muito na moda agora, trés chic), gel espetado, trançinhas e afins é o ideal, mas cabelinho à foda-se parece estar também a voltar. É aquele gajo que vimos a infiltrar-se num grupo de gajas e que é gozado por todas, à medida que vai tentando engatar. É uma espécie interessante de estudo.
As putinhas: são pitas, são boas, e sabem-no. Decotes até aos pelos do umbigo, de preferencia com blusas rasgadas por elas, para ser mais fashion. Geralmente possuem apêndices mamários de grandes dimensões, mas aquelas há que Deus nosso senhor não presenteou com o dom de glandulas mamárias favorecidas e por isso estão no escalão inferior às anteriores.
Pinturas nos olhos estilo "Avril Lavigne" estão na moda, para dar "profundidade", sendo esta relativa aos olhos, a outra só virá depois, com o decorrer da noite. Sapatos de salto alto são comuns, para ficarem sempre um nível acima do comum dos mortais, a não ser que seja um gajo grande, claro. Estas gajas sabem que são boas e por isso são das piores que há dentro da espécie femenina. São estas meninas que vemos, ao ritmo da música, a esfregarem-se umas nas outras à medida que dançam, fazendo com que a àrea circundante como que por magia se abra, ficando elas no centro das atenções(coincidência), estando a noite assegurada.
Os outsiders: Estes são aqueles que estão ali e não sabem bem o porquê. Talvez me inclua neste grupo, ou não.
Os do campo: Estes são aqueles que não são da cidade e que vieram para vir à discoteca. TUdo os maravilha, as cores, as pessoas, o vomito nas paredes da casa de banho, o coma alcoólico ali mesmo ao lado deles, tudo é novo, tudo é lindo, tudo é bonito e mágico, como se de um brinquedo novo se tratasse, sendo eles as criancinhas inocentes e carentes de amor....
Os nem sei bem o quê: Este tipo de pessoas é o que me irrita mais, vão para a discoteca completamente perdidos de bêbedos e para quê? Para dançar? Não, para beber mais, obviamente. É vê-los encostados ao balcão a beber e depois na casa de banho, a cambalear, calças encostadas ao urinol, demorando em média a mijar o mesmo tempo que 3/4 pessoas normais o fazem quando estão mesmo apertadinhas. E o bonito que é arranjar porrada? Sim, porque raramente estão sozinhos e depressa arranjam um grupo para andar a porrada com alguém porque se riu muito alto ao pé dele(qualquer motivo é um bom motivo para andar à porrada). Depois são expulsos da discoteca, cá fora continua a porrada onde os amigos todos lá de dentro já estão cá fora a apoiar no que der e vier.
EU: Tou lá, mexo os braços como que a estrabuchar efusivamente, as músicas que sei cantar não hesito em dar o meu contributo para a sonoridade da música e pronto. Pouco mais faço.
Cheio de sono e não me apetece deixar de escrever...quer dizer, não é bem verdade, vai ser e é já. O blog faz um mês amanha, contagem decrescente para o momento mais importante da blogosfera e não só. Aguarde o inexistente leitor e cá estaremos para celebrar este merecido aniversário.
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