Peço aos caros leitores que me expliquem qual a relação, se é que tal existe, entre o estado alcoólico pré-comatoso e o pontapear caixotes do lixo até partir. Tenho vislumbrado com estes dois que a terra há-de comer esta situação e ponho-me a pensar.
Poderá haver alguma explicação científica para esta situação? Vamos descortinar.
O alcoól ao ser ingerido faz com que possam aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma.
Ora bem, na antiguidade as bebidas alcoólicas eram mais fracas, mas com o aparecimento da destilação, introduzida na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas na sua forma destilada, sendo o whisky (do gálico usquebaugh, que significa "água da vida") um dos principais causadores deste fetiche do caixote do lixo. Mas mesmo com este efeito estimulante e desinibidor, apenas se justifica o ataque cerrado e sem escrúpulos a qualquer rabo de saia que entre na órbita ocular (Aqui de realçar o efeito positivo para as menos presenteadas por Deus Nosso Senhor, que se tornam as mulheres mais perfeitas do planeta, apenas um pouco desfocadas). Continuo sem conseguir explicar cientificamente a poderosa atracção por caixotes do lixo.
Porquê caixotes do lixo? Porque não um semáforo? Ou uma cabine telefónica? O objecto de desejo é o poderoso caixote do lixo, e, não se limitam a arrancar à patada um único caixote do lixo, mas sim todos os que conseguirem ao longo da rua onde iniciaram o desbaste, trata-se então de uma atracção generalizada.
Após alguns questionários e estudos intensivos relacionados com o tema, bem como a participação especial do varredor da rua onde resido, não pude chegar a uma conclusão definitiva do porquê da fixação por caixotes do lixo. Frustrações recalcadas? Talvez. Desgosto amoroso reforçado pela fase depressiva da ingestão de alcool? Possivelmente.
São estes temas pertinentes que ocupam a maior parte do meu tempo.
PS: dou por finalizado o estágio de obstetricia. Nota da enfermeira: 17.60. Nota do relatório ainda não sei. Vamos ver se não desce muito. Férias até ao final de Fevereiro.
Sou Finalista!!
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