segunda-feira, novembro 13, 2006

Paulo Gonzo

Quem poderia dizer que este jovem a querer vingar no mundo da música seria no futuro uma referência da música portuguesa?





Vamos decompor a imagem? Acompanhem-me nesta viagem:
Começando pelo fundo, as riscas doiradas, apenas se pode concluir que esta fotografia foi tirada num bar de alterne ja a noite ia longa.
Passamos ao cabelo, sim, o Paulo Gonzo já teve cabelo, para quem o acompanha desde 1990 pode ser uma novidade, mas de facto, o rapaz já possuiu uma vasta cabeleira cheia de caracolinhos e laca, muita laca.
A postura do senhor aqui debatido. O ombro direito bem mais acima que o ombro esquerdo, uma postura rebelde, suja, como quem diz "estou-me a cagar para tudo mas ao mesmo tempo tenho muito amor para dar", acentuando esta afirmação pelo olhar penetrante.
A camisa, particularmente o botão da mesma. Não tenho muito direito a falar pois nesta altura o meu sentido de moda era ditado pelos meus progenitores (daí vir sempre alguma lágrima, não de emoção, mas de tristeza, quando vejo algumas fotografias de criança).
A cereja no topo do bolo, o fillet mignon desta capa de album, o relógio de bolso pendente do casaco. Não vá alguem perguntar-lhe as horas enquanto penteia os seus volumosos caracóis com ambas as mãos.
E finalmente a assinatura, um Paulo muito personalizado e bonitinho, redondinho, mas um Gonzo a letra maíscula, como quem quer estabelecer uma relação próxima com o ouvinte, mas não demasiado próxima para escrever o apelido com a sua própria letra, não vá alguém pegar-lhe na assinatura e fazer-lhe maleitas.
Ganda Paulo Pá!

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