sábado, dezembro 13, 2008

Diarreia milagrosa...

Este vai ser curto, para não chatear tanto como os últimos dois que, convenhamos, ultrapassavam a barreira do "a-ler-porque-não-é-muito-extenso". Tenciono apenas abordar dois temas.
Pergunto-me que tipo de vida tem uma mulher dos seus 60 e muitos anos que, ao esperar pela sua vez na fila dos correios, partilha e descreve ao mais ínfimo pormenor, em alto e bom som, os últimos momentos de vida do seu (ex) companheiro até embarcar na última viagem, de encontro ao criador.
Frases como "vi logo que era estranho porque tava com baba ao canto da boca e não falava", "ainda o tentei chamar porque pensava que tava a brincar mas comecei a achar aquilo muito estranho" culminando com "e depois pronto, foi o último suspiro que lhe ouvi".
Agora...e ligar o 112 em vez de estar a querer brincar ao jogo das descodificações? Não seria ligeiramente melhor?


E agora, o que me levou realmente a escrever. Esta parte do texto coaduna-se mais como um workshop para as femininas, e um alerta para os machos. A reter.

Todos, ou a maior parte dos homens, tem algum grau de familiaridade com a frase "Hoje não amor, dói-me a cabeça". Quantos não saíram já de casa, ainda com o capote peniano enfiado e a baloiçar enquanto o membro retorna ao estado flácido, a largas horas da madrugada, para se dirigirem a uma farmácia de serviço para adquirir a clássica aspirina? Para depois chegar a casa e ver que a situação se mantém e mesmo com aspirina não vai lá?
E quantos não sabem já que a história da dor de cabeça é facilmente forjada e pode ser utilizada em qualquer altura que pura e simplesmente apeteça mais ver a novela da sic ou os mini malucos do riso? O resultado de longos anos de utilização é agora sinónimo de descrença e futuros problemas conjugais por parte do elemento masculino do casal. Raro é o macho que ainda acredita na mítica frase da dor de cabeça. É dessa noção que parte este estudo.
Este estudo teve a participação de 15 homens, com idades compreendidas entre os 18 e 30 anos de idade, actualmente com relações sexuais activas, uns mais que outros. Os resultados por mim obtidos apenas vieram confirmar a minha premissa inicial.
Aqui fica então a conclusão do estudo a que dediquei longas horas de análise e interpretação de dados:

"Hoje não amor, estou com diarreia"
Esta frase tem tudo para substituir a clássica dor de cabeça. Mantém a parte amorosa que transmite o estar lá como casal, para além de justificar incontornavelmente o porquê de não poder haver penetrações naquele instante.
Um macho considerado normal, assusta-se com diarreia, a simples ideia de uma mulher poder largar dejectos líquidos de esguicho assusta e associar essa ideia a uma relação sexual é o suficiente para desligar no cérebro masculino a parte destinada ao sexo e transforma-la em algo como "ok amor, vamos ver um filme, contar histórias um ao outro e rir até de madrugada com as situações engraçadas que já vivenciámos juntos".
No caso de se ocorrer a situação em que a frase "diarreia?? Cêm prúblema! escurrega melhor e tudu" o simples facto de privar este personagem de sexo por uma noite deverá ser o menor dos vossos problemas....




Aqui podemos ver o pioneiro, em Portugal, deste tipo de "justificação", aqui aplicado por um membro masculino ao mundo do Futebol. Grande Barroso

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